Construtor civil expande os negócios com apoio de microcrédito

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Aos 15 anos o construtor civil Marinho José Brutscher, natural de Pranchita (PR), já planejava seguir a profissão nas áreas de atuação da engenharia civil. Para manusear as ferramentas e auxiliar em obras, iniciou seu aprendizado como servente de pedreiro em São Carlos (SC). “Aproveitei todas as minhas oportunidades. Enquanto os responsáveis das construções precisavam resolver algum problema, eu finalizava as atividades pendentes. Foi com a prática que adquiri experiência”, destaca.

            Outro fator que o incentivou a tornar-se Microempreendedor Individual (MEI), foi a dificuldade em assinar a carteira após o acidente que sofreu em 1989. Marinho voltava para casa de bicicleta quando foi atingido por um carro. Ficou 15 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), dois meses internado e oito meses na fisioterapia.

“Coloquei platina no braço, na cabeça e no joelho, todo o tratamento foi pago pelo meu pai, Silvenio José Brutscher, que vendeu o carro para cobrir as despesas. Foi um período de muitas dificuldades. Quando me recuperei foi difícil encontrar trabalho fixo em uma empresa. Na época, os empresários evitavam contratar pessoas com problemas de saúde, então fui reprovado nos exames admissionais”, salienta o construtor.

Para suprir as necessidades financeiras, Marinho retornou às obras ainda com dificuldade de se locomover e realizar as atividades. Encontrou como alternativa orientar seus colegas para finalizar os trabalhos, gerar renda e aumentar a qualidade de vida. “Trabalhar em grupo foi indispensável para superarmos nossos desafios. Iniciei como servente, desenvolvi habilidades como pedreiro e tornei-me mestre de obras, foi assim que percebi meu potencial para gerenciar um negócio e segui o meu sonho de investir na área”, explica.

Em 2012, o construtor civil também tornou-se empreendedor e concretizou seu sonho, a formalização da “MJB Construções” em São Carlos (SC). Para reforçar o capital de giro inicial, solicitou o primeiro financiamento na Credioeste por meio do Programa Juro Zero. “As linhas de crédito sempre foram fundamentais para expandir meu negócio. No início, precisei comprar as ferramentas essenciais: betoneira, andaime, furadeira e maquita. Também paguei alguns procedimentos que atualmente são gratuitos para formalização das MEIs, como o contador e o alvará”, afirma.

Atualmente, Marinho conta com o apoio da linha de Microcrédito para pagar os quatro funcionários da empresa, o combustível, as novas ferramentas, além de outras despesas que surgem conforme as necessidades das obras. De acordo com a gerente-executiva da Credioeste, Marcia Biffi, as linhas de créditos são fundamentais também para outros empreendedores, formais e informais, que conseguem manter os negócios ativos, principalmente diante das dificuldades no enfrentamento da crise. 

“Já atendemos mais de 24 mil pessoas por meio do Microcrédito, disponibilizando cerca de R$ 90 milhões. Atualmente temos dois mil contratos ativos, com o objetivo de orientá-las sobre o uso do crédito e prestar consultoria financeira, auxiliando-os com o levantamento socieconômico e também recomendando o valor ideal para o capital de giro, fixo e misto. Com essa facilidade, os nossos clientes têm acesso de até R$ 10.000,00 que pode ser parcelado de 6 a 24 meses”, ressalta Marcia.

            Para Marinho, diferente da grande maioria dos empreendedores, o custeio não é mais um problema durante a pandemia. O seu maior desafio é a contratação de funcionários. “Além das reformas que têm aumentado com o isolamento social, atendemos em média três obras por mês. Surgiram outras demandas, mas não aceitamos devido o baixo número de empregados. Esse é o principal objetivo da MJB Construções: aumentar o quadro de colaboradores e abraçar todas as oportunidades”, destaca Marinho.

            Além de evitar problemas financeiros na empresa, o Microcrédito também oportunizou melhor qualidade de vida. “Com o aumento da renda, pudemos manter nossas contas em dia, programadas mês a mês. Recordo que no começo da carreira tive muitas dificuldades em minha vida pessoal e profissional. Superei ao adquirir experiência e conquistar espaço. Deixei para trás outros desafios para realizar meu sonho. Fiz curso de medicina de ervas naturais e de massagista, mas minha vocação é na área de construção civil, não me vejo em outra profissão. Lutei e aos poucos vou vencendo, não dá para desistir”, conclui Marinho.