Negócios em família? Sim, pode dar certo!

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Cada vez mais famílias se unem em prol da abertura e manutenção do próprio negócio. Segundo o Sebrae, atualmente, 90% das empresas brasileiras são familiares, o que revela o quão vantajosa pode ser esta relação. Contudo, para que o empreendimento dê certo é preciso unir forças e aprender a amenizar os conflitos.

Geralmente, fatores como confiança e afinidade são os principais motivos que levam a formação das empresas familiares. Como no caso das irmãs Deise, Deborah e Dayane Crepaldi, que se uniram para comprar uma unidade da franquia Global Study. “Nós sempre nos demos muito bem e tínhamos o sonho de empreender, mas precisávamos de sócios para isso. Como queríamos a mesma coisa, amávamos viajar e ainda erámos ex-intercâmbistas, não tivemos dúvidas de que deveríamos nos unir e abrir um negócio relacionado ao mercado de intercâmbio”, comenta Deise.

Já com as irmãs Thaís Vargas e Vanessa Franceschi, fundadoras da franquia Loucos por Churros, a sociedade surgiu graças a sinergia e complementariedade que havia entre elas. “Quando eu tive a ideia de trabalhar com churros, imediatamente compartilhei com a Vanessa que acrescentou o que faltava para o negócio se tornar viável por ter formação em Administração de Empresas. Assim, definimos um modelo enxuto que pudesse ser facilmente implantado em qualquer lugar do país. Como sou a irmã mais nova, enxergo a Vanessa como um verdadeiro porto seguro, a respeito muito e não tive dúvida de que deveria, Abrir meu primeiro negócio junto com ela”, explica Thaís.

Contudo, é comum ouvirmos o quanto empreender em família pode gerar conflitos e acabar interferindo nas relações familiares. Para Thaís e Vanessa o segredo para manter o bom relacionamento é a comunicação. “Nunca tomamos decisões sozinhas, sempre compartilhamos nossas ideias e opiniões para manter o bom funcionamento e a sustentabilidade do negócio”, explica. Já as irmãs Crepaldi também compartilham da mesma opinião. “Conflitos sempre vão surgir e costumamos resolvê-los conversando e discutindo os pontos a melhorar. Mas, é importante separar o profissional do pessoal. É claro que um problema no trabalho pode afetar o relacionamento familiar, já que as duas coisas estão interligadas. Por isso mesmo, evitamos falar de negócios em casa, para isso reservamos um horário em nossa agenda semanal”, explica Deise.

Outra atitude que contribui muito para evitar conflitos, tanto em empresas familiares quanto em qualquer outro modelo de negócio, é definir de forma clara e coerente quais serão os papéis desempenhados por cada um dos sócios. No caso da Loucos por Churros, Thaís ressalta o quanto a hierarquia é fundamental para que o negócio funcione da melhor maneira possível. ”Desde o início da empresa definimos como cada uma de nós iríamos atuar. Eu, por exemplo, sou comercial, cuido da expansão da rede, fecho contratos e parcerias. Já a Vanessa é a mente financeira e administrativa do negócio, é a verdadeira CEO da marca. Eu jamais conseguiria fazer o que ela faz com a organização impecável que ela tem. Nós nos complementamos e isso é essencial”. A empreendedora ressalta ainda que é sempre importante analisar quais são as habilidades e competências de cada sócio para potencializar ainda mais os resultados da empresa.