Negócios jovens: em 80% dos casos, ideia de empreender surgiu antes dos 18 anos

Brasil sobe 16 posições em ranking sobre ambiente de negócios
8 de novembro de 2018
Conheça os contemplados da Campanha Cliente Certinho de junho, julho e agosto
20 de novembro de 2018

Extra

A vontade de empreender tem se manifestado cada vez mais cedo entre brasileiros. É o que demonstra uma pesquisa feita pelo Sebrae, entre agosto e setembro deste ano, e divulgada com exclusividade para o EXTRA. De forma geral, um em cada três brasileiros ouvidos no levantamento já pensava em empreender antes de completar 18 anos. Quando considerado apenas o grupo de empresários com até 24 anos, no entanto, este mesmo índice sobe para 80%.

— Vemos uma influência do meio em que12 o jovem vive. Por exemplo, o principal indicador de influência é conhecer outras pessoas que já empreendem. Ele se sente mais propenso a abrir seu negócio — avaliou o gerente de Cultura Empreendedora do Sebrae, Augusto Togni.

Dos entrevistados de quaisquer idades, 65% já conheciam outro empreendedor antes de se tornar um. Entre os jovens com até 24 anos, foi maior a proporção: 75%. Eles têm familiares como a principal referência (59%) e, depois, amigos e conhecidos (41%).

Além disso, a expectativa que nutrem sobre suas próprias vidas, como a continuidade dos estudos, parece impactar na ideia de empreender. Entre empresários que cursaram o nível superior, 39% pensaram em abrir um negócio antes da maioridade. Dos que têm só o ensino médio, 30% cogitavam. E só 18% dos que pararam no ensino fundamental tinham a ideia de empreender.

— São elementos associados ao acesso à informação e ensino especializado, amadurecimento, que estabelecem melhores condições de competitividade no mercado — explicou Augusto Togni.

Busca por realização cresce

Outra mudança no cenário brasileiro é a busca do empreendedorismo por realização pessoal, no caso de 57% dos entrevistados. Os que iniciaram o negócio por necessidade são 12%; devido a uma oportunidade, 22%. E em 83% dos casos, o capital usado para a abertura foi o próprio.

— Percebemos que buscam mais do que um negócio. Investem capital próprio e se permitem experimentar, pois querem trabalhar por propósito, para mudar a realidade das pessoas, muitas vezes em negócios de impacto social e ambiental — disse Augusto.