Planejamento é fundamental para os empreendimentos

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Pequenas Empresas e Grandes Negócios

O ano de 2018 tem 14 feriados e pontos facultativos, Copa do Mundo e eleições. É um ano cheio de incertezas políticas e econômicas. Nesse cenário, o pequeno empresário se prepara para enfrentar tudo isso.

Segundo o consultor Haroldo Matsumoto, planejamento é fundamental: “As empresas não quebram por falta de cliente ou por falta de dinheiro, elas quebram por falta de planejamento”. O planejamento é a arte de conquistar um objetivo no prazo programado e Haroldo fez um plano em três etapas: informação, planilha e adaptação.

Viviane Vales e Gerusa Gurak são donas de um estúdio de pilates e detalham tudo o que vão fazer, de janeiro a dezembro, mês a mês. Elas seguiram direitinho o script do planejamento, desde o início do negócio, em 2012. As sócias começaram investindo R$ 10 mil, R$ 5 mil cada uma. No ano passado, faturaram R$ 1,2 milhão. “Se você sabe pra onde você vai, se tem um caminho que você estabeleceu pra percorrer, você mantém o foco e segue, firme e forte, não deixa nenhuma outra estratégia te tirar desse caminho. É o que o planejamento te dá”, afirma Viviane.

Haroldo explica que é preciso começar buscando informações e que essa é a primeira fase do planejamento: “Se você já tem a empresa, você vai buscar no histórico do ano passado o que você fez, o que deu certo, o que deu errado, pra poder se planejar pra esse ano. Se você não tinha empresa, tem que buscar informações do setor, dos concorrentes, do público que você quer atingir e tentar entender como ele pensa, como ele age pra poder se planejar pra esse ano”.

As empresárias contrataram uma empresa de pesquisa de mercado e visitaram estúdios de pilates até no exterior, de onde trouxeram novidades. “Esse é um trabalho de pilates em grupo, onde a gente usou o planejamento dessa unidade pra se diferenciar dos concorrentes e oferecer um serviço de qualidade por um custo menor”, explica Gerusa.

Planilha e adaptação
Depois da fase da informação, chega hora da planilha, ou seja, colocar todos os dados levantados no computador ou em um caderno. “Você determina quais são os objetivos de acordo com as oportunidades que você já teve nesse levantamento de informação”, orienta o consultor.

Viviane e Gerusa seguiram exatamente esse roteiro para faturar. Por exemplo, elas não ficam de olho só nos alunos e dedicam duas semanas, entre dezembro e janeiro, para planejar. “Nesse primeiro semestre, que a gente percebe uma confiança maior das pessoas na economia, em gastar um pouco mais, é hora de fazer um fluxo de caixa, de investir mais nas nossas propostas e conseguir se preparar pra uma talvez queda no segundo semestre, por causa das eleições”, explica Viviane.

E se nada disso der certo? Há um planejamento até para o furo no planejamento. Viviane explica: “A gente faz um provisionamento. Cerca de 40% do lucro da empresa vai para um fundo que a gente pode manter a operação por até seis meses, sem recorrer a banco ou qualquer outro empréstimo”.

O planejamento nunca é rígido, ele tem que ter elasticidade. Essa é a terceira fase: a adaptação. “O mercado muda, o concorrente muda, o cliente muda de opinião, e você tem que mudar junto, pra continuar no mercado”, afirma Haroldo.

As empresárias já estão no segundo estúdio de pilates e é a meta do planejamento deste ano é faturar 20% mais. “Para nós, o planejamento é a bussola. É pra onde a gente tá guiando, vai caminhar. Então, se algum momento a gente se perdeu, a gente volta a olhar praquelas planilhas e segue no caminho do sucesso”, conclui Gerusa.