Qual cargo você vai ocupar no futuro?

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Exame.com

No livro The Future of the Professions, escrito por Richard e Daniel Susskind, pai e filho e ambos professores na Universidade Oxford, na Inglaterra, profissões surgem para suprir necessidades. Quando mudam as necessidades, mudam também as carreiras. Para eles, quem não for eliminado será beneficiado por um ambiente mais eficiente. “Os profissionais vão fazer mais em menos tempo”, escrevem os autores.

Com a ajuda de especialistas, listamos mais cinco áreas que serão amplamente impactadas por inovações e apresentamos ocupações do futuro em cada uma delas. Embora algumas soem distantes e até meio improváveis, o fato é que a tecnologia vai gerar atividades bem diferentes das que existem hoje. Será que você estará preparado para continuar atuando em sua área quando o futuro chegar?

1. LOGISTÍCA

De acordo com especialistas, objetos voadores não tripulados serão responsáveis pela criação de inúmeras funções: de otimizadores de tráfego a desenvolvedores de “estacionamentos de drone”. No transporte público, as novas profissões devem estar relacionadas aos personal rapid transit systems (PRTs).

Empresários como o sul-africano Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, já estão testando protótipos de cápsulas que viajarão por esses sistemas de tubos, os quais tornarão obsoletos os motoristas e o transporte rodoviário. Companhias aéreas de carga e navios vão ser substituídos por entregas via uma extensa rede de tubulações. Muitos novos empregados serão demandados para a criação dessa infraestrutura. Big data: veja com a Hekima como ela é o combustível que acelera a indústria automobilística Patrocinado 

  • Controlador de tráfego de drones

Fará planos de voo e traçará rotas adequadas para impedir acidentes entre esses aparelhos.

  • Engenheiro de circulação

Assim como um dia criaram estradas, no futuro os engenheiros serão responsáveis por construir tubulações por onde pessoas e produtos serão transportados via PRT.

  • Designer de experiência de viagem

Sem a figura de um motorista ao volante, as viagens intermunicipais precisarão ser seguras e prazerosas. Entrará em campo, então, o designer de experiência, que trabalhará para as empresas de transporte e será uma espécie de comissário de bordo a distância.

2. FINANÇAS

economia compartilhada já mudou a forma como os bens são vistos pela nova geração. Não é mais necessário ter uma casa na praia, quando se pode alugar uma pelo Airbnb. Saiba mais: Economia colaborativa se dá bem na crise 

Em outra frente, o processo de informatização das transações financeiras vai se intensificar ainda mais. O mesmo acontecerá com os aplicativos relativos ao pagamento de impostos e contabilidade empresarial. Inteligentes, esses sistemas tornarão a figura dos contadores uma lenda.

  • Auditor de compartilhamento

Vai analisar casas, carros, aviões e qualquer outro bem disponível para viabilizar e otimizar seu compartilhamento.

  • Advogado, regulador, banqueiro e lobista da criptomoeda

O avanço da tecnologia na área financeira levará às transações criptografadas. toda uma gama de profissionais será necessária para desenvolver e regulamentar esse mercado.

  • Analista de impostos

Funcionários do governo serão responsáveis por desenvolver sistemas que levem em conta, automaticamente, questões como desemprego, doenças ou mesmo catástrofes da natureza para diminuir e readequar a taxação de um determinado cidadão.

3. EDUCAÇÃO

Poucos setores da economia mudaram tão pouco quanto o da educação. Em mais de 200 anos, as salas de aula continuam praticamente iguais. Isso por pouco tempo. Já existem universidades e escolas particulares testando o conceito de fliped classroom, por exemplo, em que os alunos aprendem o conteúdo em casa e usam a aula para debatê-lo.

Além disso, a demanda por educação vai aumentar muito nos próximos anos, mas será personalizada — e mais barata. Para Thomas Frey, 50% das faculdades irão à falência até 2030. Uma das razões será o custo alto para pouco retorno, já que não haverá garantia de emprego. “As credenciais acadêmicas não conseguirão mais cumprir o que prometem e a educação será baseada em desenvolvimento de habilidades específicas para dar aos jovens uma vantagem competitiva no mercado de trabalho”, diz o futurologista.

  • Desenvolvedor de cursos por demanda

As aulas serão avaliadas pelos alunos, como hoje acontece em apps de restaurantes e motoristas de táxi, e o sistema de faculdades com grades fechadas será substituído por instituições de ensino com oferta de conteúdo “hiperpersonalizado”.

  • Designer de experiência de aprendizado

Novas formas de ensinar serão testadas e criadas por esse especialista em deixar o aprendizado mais orgânico, rápido e eficiente.

4. INDÚSTRIA

A impressora 3D é considerada por analistas de mercado uma das principais tecnologias que transformarão a forma como faremos negócios no futuro. Ela vai mudar profundamente a indústria de modo geral. A que sofrerá o impacto mais rapidamente será a de construção civil.

Impressoras 3D em larga escala vão derrubar o número de profissionais necessários para uma obra. A indústria da moda também será profundamente impactada com a possibilidade de os consumidores comprarem modelos e imprimi-los numa impressora doméstica. “A impressão 3D terá um impacto tão grande na indústria quanto a Ford teve na Revolução Industrial”, diz Thomas Frey. Por dentro do assunto: Descubra com a TOTVS 8 conceitos para colocar em prática a Indústria 4.0 Patrocinado 

  • Estilista para impressão

Especialista em desenvolvimento de materiais e croquis de roupas feitos para impressoras 3D.

  • Engenheiro e arquiteto 3D

Responsáveis por projetar e acompanhar as obras que serão erguidas por impressora 3D (que devem ser concluídas num fim de semana).

  • Desenvolvedor de “tintas” para impressora 3D

No futuro, especialistas acreditam que haverá tinta alimentícia para impressão de pratos requintados, para roupas e para a construção civil, por exemplo. E elas serão desenvolvidas por esse profissional.

5. AGRICULTURA

Sistemas complexos deverão eliminar a necessidade de fertilizantes e pesticidas — será obrigatório ter precisão na análise de dados e no monitoramento de temperatura, qualidade do solo e quantidade de água. A plantação de sementes deve acontecer via GPS, e nanossensores controlarão toda a atividade celular da planta.

Surgirá a agricultura urbana, com o uso de espaços no subsolo para criação de estufas, telhados verdes e prédios agrícolas, como já acontece em Kyoto, no Japão, em que uma fazenda vertical é operada por robôs e produz 30 000 pés de alface por dia.

  • Agricultor urbano

Profissional responsável pelos sistemas de irrigação e plantação em “fazendas da cidade”, nos subsolos e nos telhados das construções.

  • Agricultor vertical

Por causa da falta de espaço, as fazendas devem se tornar verticais. Esse empregado desenvolverá e cuidará das fazendas em edifícios construídos por engenheiros civis especializados na área.

  • Desenvolvedor de animais geneticamente modificados

Já existem muitas empresas trabalhando com sementes transgênicas, capazes de resistir às mudanças climáticas. A polêmica do futuro será modificar animais para torná-los mais “fortes”.