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Na hora de investir em um negócio próprio, muitas pessoas têm dúvidas, por exemplo, sobre qual a melhor opção: abrir uma empresa ou se tornar um microempreendedor individual. Fazer uma análise do potencial de retorno e os recursos financeiros necessários é o primeiro passo, aliado ao planejamento, orientam os especialistas.
“É preciso analisar aquilo que se quer montar, se está dentro da expectativa, do interesse e das condições. O que eu tenho disponível financeiramente é o suficiente para montar esse negócio ou não? Preciso captar mais recursos financeiros? O que o perfil desse negócio exige de mim? Tenho as habilidades, as características suficientes para montar uma empresa? Estas são algumas das perguntas a serem feitas”, sugere o consultor Willian Braga Tomaz.
Outro ponto importante é o planejamento do negócio, que funciona como se fosse a estrutura de uma casa. Para ser erguida com segurança, ela precisa de pilares fortes que, no caso da empresa, são representados por quatro áreas: finanças, os gastos e custos para manter a empresa, além da meta de faturamento; marketing, a localização da empresa, público alvo e formato de venda; pessoas, o número de funcionários, funções e salários; e gestão estratégica, objetivo da empresa e definição de metas.
Algumas instituições como o Sebrae, que disponibilizam consultoria especializada, ajudam os interessados a avaliar as ideias, riscos e vantagens e a se instruir melhor para conduzir o próprio negócio. Em todo o Paraná, 134 cidades contam com a Sala do Empreendedor. Somente em Cascavel, no oeste, a iniciativa ajudou na abertura de 9 mil empresas e é referência para quem quer se tornar um microempreendedor individual (MEI).
O gerente da Sala do Empreendedor em Cascavel, Sócrates Reis, ajuda a entender as escalas do empreendedorismo. Entre os requisitos para quem quer ser um MEI está o faturamento anual de até R$ 60 mil e ter apenas uma empresa. Já a microempresa pode ter um faturamento bruto anual de até R$ 360 mil. E, para a empresa de pequeno porte, esta margem pode chegar a até R$ 3 milhões anuais, seguida da média ou grande empresa, com margem superior a R$ 3,6 milhões.
Por estas e outras diferenças não restritas ao faturamento, o MEI é a forma mais prática de formalizar um negócio e geralmente é ideal para quem está começando, como foi o caso da empreendedora Graziela Oliveira.
“Nós fazíamos os bolos em casa. Era um sonho que nós sonhávamos em família. Fomos testando as receitas e vendo que eram boas. Como eu sou formada em , fiz o planejamento e os cálculos. Diante da situação, o MEI se enquadraria melhor para abrir a empresa”, conta ao destacar que há seis meses a paixão por fazer bolos se tornou a principal fonte de renda da família.